Consórcios representam quase 50% das vendas de motos

Segmento emitiu perto de 360 mil cartas de crédito num mercado que emplacou 779,7 mil unidades no semestre

Mario Curcio

Mario Curcio

Segmento emitiu perto de 360 mil cartas de crédito num mercado que emplacou 779,7 mil unidades no semestre

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Durante o primeiro semestre, as administradoras de consórcio entregaram 359,3 mil cartas de crédito para aquisição de motos. Considerando que no janeiro-junho foram emplacadas 779,7 mil motocicletas, o potencial de vendas do consórcio foi de 46%, quase uma a cada duas motos entregues. Os números foram divulgados na terça-feira, dia 25, pela Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (Abac).


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Uma leitura para esse crescimento está no maior rigor dos bancos na aprovação de crédito para um financiamento tradicional. Segundo a Fenabrave, entidade que reúne as associações de concessionárias, a taxa de aprovação das propostas está baixa, cerca de 30% apenas. E toda a vez que o crédito aperta, o motociclista busca o consórcio com alternativa. 

Nestes seis meses, as administradoras venderam 636,7 mil novas cotas para motos, um total 7,9% mais alto que o obtido na primeira metade de 2022. E os participantes ativos – aqueles que pagam regularmente as parcelas de um plano – alcançaram neste primeiro semestre 2,73 milhões, número 11% mais alto pela comparação interanual. As motos só perdem para os automóveis em número de participantes.

Consórcios para veículos leves crescem 13,5% no semestre

A venda de consórcios para automóveis e comerciais leves somou 805,5 mil novas cotas no primeiro semestre, resultando em alta de 13,5% sobre o mesmo período do ano passado. Os participantes ativos cresceram em proporção menor, 5%, mas estes pagantes que sonham com um zero-quilômetro na garagem somam atualmente 4,3 milhões.

As contemplações subiram 6% no semestre. Ao todo, 309,1 mil consorciados tiveram a oportunidade de comprar um carro ou comercial leve a partir de uma carta emitida. Esse número de contemplados corresponde a um terço dos automóveis e comerciais leves licenciados de janeiro a junho.

Nos pesados, participantes sobem quase 30%

Os números da Abac indicam também que a venda de novas cotas de consórcio para o segmento pesado (caminhões, ônibus, máquinas agrícolas e implementos) somou 128,5 mil unidades e cresceu 7,2% na comparação com a primeira metade do ano passado.


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Até junho, os pesados acumularam 690 mil participantes ativos. O total é quase 29% mais alto que na primeira metade de 2022. Além do crédito mais escasso e juros elevados, uma terceira explicação para o aumento da procura pelo consórcio de pesados é a entrada em vigor do Euro 6/Proconve P8, que encareceu os caminhões e ônibus em até 20%. 

Como exemplo, o tíquete ou valor médio de cada nova cota para veículo pesado em junho deste ano era de R$ 181,4 mil. O valor é 41% maior que o de junho do ano passado, segundo a Abac.