Segmento emitiu perto de 360 mil cartas de crédito num mercado que emplacou 779,7 mil unidades no semestre
Durante o primeiro semestre, as administradoras de consórcio entregaram 359,3 mil cartas de crédito para aquisição de motos. Considerando que no janeiro-junho foram emplacadas 779,7 mil motocicletas, o potencial de vendas do consórcio foi de 46%, quase uma a cada duas motos entregues. Os números foram divulgados na terça-feira, dia 25, pela Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (Abac).
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Uma leitura para esse crescimento está no maior rigor dos bancos na aprovação de crédito para um financiamento tradicional. Segundo a Fenabrave, entidade que reúne as associações de concessionárias, a taxa de aprovação das propostas está baixa, cerca de 30% apenas. E toda a vez que o crédito aperta, o motociclista busca o consórcio com alternativa.
Nestes seis meses, as administradoras venderam 636,7 mil novas cotas para motos, um total 7,9% mais alto que o obtido na primeira metade de 2022. E os participantes ativos – aqueles que pagam regularmente as parcelas de um plano – alcançaram neste primeiro semestre 2,73 milhões, número 11% mais alto pela comparação interanual. As motos só perdem para os automóveis em número de participantes.
Consórcios para veículos leves crescem 13,5% no semestre
A venda de consórcios para automóveis e comerciais leves somou 805,5 mil novas cotas no primeiro semestre, resultando em alta de 13,5% sobre o mesmo período do ano passado. Os participantes ativos cresceram em proporção menor, 5%, mas estes pagantes que sonham com um zero-quilômetro na garagem somam atualmente 4,3 milhões.
As contemplações subiram 6% no semestre. Ao todo, 309,1 mil consorciados tiveram a oportunidade de comprar um carro ou comercial leve a partir de uma carta emitida. Esse número de contemplados corresponde a um terço dos automóveis e comerciais leves licenciados de janeiro a junho.
Nos pesados, participantes sobem quase 30%
Os números da Abac indicam também que a venda de novas cotas de consórcio para o segmento pesado (caminhões, ônibus, máquinas agrícolas e implementos) somou 128,5 mil unidades e cresceu 7,2% na comparação com a primeira metade do ano passado.
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Até junho, os pesados acumularam 690 mil participantes ativos. O total é quase 29% mais alto que na primeira metade de 2022. Além do crédito mais escasso e juros elevados, uma terceira explicação para o aumento da procura pelo consórcio de pesados é a entrada em vigor do Euro 6/Proconve P8, que encareceu os caminhões e ônibus em até 20%.
Como exemplo, o tíquete ou valor médio de cada nova cota para veículo pesado em junho deste ano era de R$ 181,4 mil. O valor é 41% maior que o de junho do ano passado, segundo a Abac.