Rede de distribuição teve de buscar áreas para armazenar os lotes de veículos importados
A Great Wall iniciou sua operação comercial nesta semana no Brasil baseada em um novo modelo que mescla venda direta com sistema de cotas aos concessionários. A proposta levou a companhia a criar uma estrutura de estoque para distribuir os modelos da sua oferta.
De acordo com o diretor comercial Oswaldo Ramos, cada grupo concessionário teve de encontrar um espaço em sua região para armazenar os lotes de veículos da montadora, afora a adequação do ponto de venda.
Isso acontece porque a montadora sugeriu que as lojas da rede, atualmente formada por 28 lojas, fossem mais enxutas em termos de espaço, algo distante do perfil clássico do showroom com um salão repleto de veículos em exposição.
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Por outro lado, ainda segundo o executivo, o modelo de estoques regionais proporciona uma melhor gestão dos volumes de importação por parte da montadora, conforme adiantou Automotive Business.
“A compra é fechada em plataforma online e entregue pelo concessionário ao cliente. Nós que administramos o estoque, não a rede de distribuição. O volume é estabelecido por cotas que variam de acordo com o tamanho do mercado regional”, disse o executivo na terça-feira, 14.
“Como estamos ainda desenvolvendo uma marca, estamos testando as entregas, os volumes dos estoques para cada região. Mas como é uma operação de importação, fica melhor para nós estocar a quantidade certa de veículos de acordo com a demanda para não faltar nem sobrar unidades”, completou.
O SUV Haval H6 GT, que já está em pré-venda, é produzido na China e desembarca no Brasil no porto de Vitória, no Espírito Santo. De lá partem os lotes para cada concessionário. Ramos disse que no país hoje há quantidade de veículos que, em tese, deve atender as demandas do primeiro semestre.
Prioridade da Great Wall é o Brasil
Ramos disse, ainda, que os modelos importados são calibrados para o mercado brasileiro na fábrica de Hebei, na China. Dentre os processos realizados estão o ajuste do conjunto de suspensão, do motor a combustão — que integra o powertrain híbrido — para receber a gasolina brasileira, e também a configuração em português do sistema de infotainment e de comando de voz.
“Não vai faltar semicondutores. A prioridade da matriz é atender o mercado brasileiro, por isso os componentes são reservados para os modelos vendidos aqui”, voltou a dizer o diretor comercial.
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A respeito da produção nacional, Oswaldo Ramos informou que o cronograma indica que ela começará a partir do segundo semestre do ano que vem em operação CKD.
Serão realizados na fábrica de Iracemápolis (SP) os processos de armação de carroceria, pintura e montagem final de kits de peças também importados da China.
Enquanto não chegam daquele país os equipamentos que vão compor a linha da fábrica, a montadora trata de buscar fornecedores locais. Na semana passada, como adiantou Automotive Business, a montadora iniciou conversas com o Sindipeças a respeito do tema.
Sobre as contratações para a unidade produtiva do interior paulista, o executivo da Great Wall disse que o plano indica um quadro formado por 2 mil funcionários quando a fábrica atingir sua capacidade máxima de 100 mil unidades/ano. Parte desse contingente será contratado em janeiro para iniciar a operação CKD da unidade.
O executivo não informou a quantidade de trabalhadores que serão homologados nesta primeira etapa.