Com o maior centro de testes do Hemisfério Sul, Mercedes-Benz do Brasil se firma como hub de desenvolvimento

Além do campo de provas capacitado para homologações e novas tecnologias, fabricante investe em áreas como eletrificação, automação e recursos de segurança

Redacao AB

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Além do campo de provas capacitado para homologações e novas tecnologias, fabricante investe em áreas como eletrificação, automação e recursos de segurança

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A Mercedes-Benz do Brasil, fabricante de caminhões e ônibus, desempenha um papel de protagonismo no desenvolvimento de tecnologias e produtos, bem como no cumprimento das exigências de emissões de poluentes.

Uma solução recente e significativa da Mercedes-Benz no Brasil é o seu campo de provas, o CTVI – Centro de Testes Veiculares de Iracemápolis (SP). Construído em parceria com a Bosch, dispõe de cinco pistas, serve para testes de caminhões, ônibus, automóveis e máquinas agrícolas e tem capacidade para avaliar e homologar veículos de vários tipos, inclusive autônomos e elétricos.

Não é só. A fabricante vem aperfeiçoando uma série de inovações que equipam – ou vão equipar – os caminhões e chassis de ônibus Mercedes-Benz, com mais eficiência e resultados aos negócios dos clientes. São ações pioneiras que colocam a empresa em um patamar acima entre as montadoras de veículos sofisticados e tecnológicos.

CTVI: muito além de uma pista de testes da Mercedes-Benz do Brasil


             CTVI da Mercedes e da Bosch em Iracemápolis: referência em pesquisa e desenvolvimento veicular no Brasil

A Mercedes-Benz do Brasil, como hub de tecnologia no desenvolvimento de caminhões e ônibus, em 2016 deu mais um passo ousado nesse sentido. Naquele ano, iniciaram as operações do seu exclusivo campo de provas em Iracemápolis (SP), para realizar avaliações estruturais do projeto e testes dos seus protótipos. 

Na segunda parte do projeto, em 2021, o empreendimento de 400 mil m² ganhou um parceiro de peso para a ampliação do campo de provas: a Robert Bosch América Latina.

“O CVTI nasceu reproduzindo os elevados padrões técnicos de construção europeus. É praticamente uma reprodução das instalações da Alemanha aqui no Brasil, mas com as adaptações necessárias para a nossa realidade”, afirma Daniel Müller Spinelli, diretor de desenvolvimento de caminhões da Mercedes-Benz do Brasil.

Segundo Spinelli, o CTVI tem condições de simular situações da operação real das estradas brasileiras, como dirigibilidade, conforto, segurança, sistemas de assistência ao motorista e eficiência energética, além de testar os componentes nos segmentos de caminhões, ônibus, automóveis de passeio, comerciais leves e máquinas agrícolas. 


             Campo de provas possibilita desenvolvimento de tecnologias e homologações de diferentes tipos de veículos

Uma das cinco pistas é o circuito oval de 2.600 metros de extensão, com duas retas paralelas de 960 metros, cada, e duas curvas com três ângulos diferentes. “É possível levar os veículos ao limite a fim de avaliar o nível de segurança e consumo”, garante Spinelli. 

A boa notícia para as outras montadoras é que elas poderão contratar a estrutura de Iracemápolis para validar seus produtos nas pistas de Conforto, de Dirigibilidade Pavimentada, Frenagem e Ruído.

Desta forma, o CVTI se torna um centro de testes multimarcas, respeitando sigilo e confidencialidade por meio de uma operação coordenada de agendamento e disponibilidade de áreas. O empreendimento torna-se um complexo para outras fabricantes desenvolverem e homologarem seus veículos com mais agilidade, melhor logística e menor custo, uma vez que poderão concentrar todas as necessidades em apenas um ambiente controlado.

Mercedes-Benz Brasil e o desenvolvimento de motores menos poluentes

Iracemápolis foi palco para a Mercedes-Benz do Brasil preparar a implantação da nova fase do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve) P8. As normas, equivalentes ao Euro 6, entraram em vigor no Brasil em janeiro passado. 

Com a chegada da nova legislação, as linhas dos caminhões Accelo, Atego, Actros e Arocs, e dos chassis de ônibus das linhas OF, O500 e LO receberam a eficiente tecnologia BlueTec 6, de pós-tratamento de emissões. 

A tecnologia é formada por quatro módulos: DOC (catalisador de oxidação), DPF (filtro de partículas), SCR (redução catalítica seletiva) e ASC (catalisador de amônia). A atuação conjunta atende aos requisitos do Euro 6, baixando consideravelmente as emissões de poluentes.

Dessa forma, a família 2023 de ônibus e caminhões Mercedes-Benz, com o BlueTec 6, tem redução de 80% nas emissões de óxidos de nitrogênio e 50% de material particulado em comparação ao Proconve P7 (ou Euro 5). 

A nova versão do motor OM 471 BlueTec 6 do Actros e do Arocs tem a maior eficiência energética do mercado, sendo uma referência em consumo de combustível e emissão de CO2.

A Mercedes-Benz não poupou esforços – nem sua estrutura – para se adequar ao Euro 6. Foram 7 milhões de km rodados em testes no CVTI e nas ruas e estradas – 2 milhões deles em operações reais de clientes de setores como mineração, pedreiras, madeira, grãos e cana-de-açúcar. 

“A evolução tecnológica gerada pela introdução da legislação Euro 6 também contribuiu para a introdução de um sistema eletroeletrônico de alto desempenho, já disponível no Actros, para os outros caminhões, Atego e Acello”, destaca Spinelli.

Caminhões elétricos em estudo, ônibus elétricos já à venda no Brasil


             Linha eActros da Mercedes-Benz do Brasil avança para vencer os desafios da eletrificação no transporte de cargas

Além das tecnologias visando o Euro 6, a fabricante ingressou na era da eletromobilidade. Em novembro de 2022, a Mercedes-Benz Caminhões e Ônibus apresentou na Fenatran o eActros 300 na versão cavalo mecânico, destinado ao uso na distribuição pesada. 

A montadora ainda foi além, ao mostrar o eActros 400 para basculantes eletrificados das marcas Meiller e Palfinger e para um baú refrigerado da Kiesling.

Daniel Spinelli explica que a Mercedes-Benz amplia o portfólio de caminhões elétricos, a fim de proporcionar melhor dirigibilidade, eficiência energética e durabilidade. Mas, por enquanto, o eActros é vendido apenas no mercado europeu. 

“A exibição no Brasil serviu para enfatizar aos clientes que já temos a tecnologia disponível lá e também mostrar que aqui temos a experiência e a competência local de desenvolvimento, inclusive trabalhando em projetos de veículos elétricos globais da marca, para desenvolver produtos segundo a demanda futura”, acrescenta Spinelli. 

A Mercedes-Benz vem acompanhando de perto como a eletrificação avança no mercado brasileiro e latino-americano para participar dessa demanda de forma ágil, confiável seguindo a estratégia pelo segmento de maior impacto e benefícios para a sociedade. 

“Os custos da bateria e da infraestrutura de recarga ainda restringem o lançamento do caminhão elétrico no Brasil”, explica o executivo. “Mas nosso know-how nesse assunto é tão grande que mandamos engenheiros daqui para trabalhar na matriz da Alemanha em diversos projetos.”


             Chassi Mercedes O500U leva a eletrificação para a mobilidade urbana

Por uma questão estratégica, a Mercedes-Benz Caminhões e Ônibus iniciou a eletrificação de seu portfólio brasileiro pelo transporte de passageiros, o eO500U, com autonomia entorno de 250 km. “Já temos o chassi de ônibus elétrico urbano eO500U, totalmente desenvolvido e testado no Brasil pela nossa engenharia, no nosso campo de provas e lançado em agosto do ano passado”, anuncia.

Caminhões elétricos e autônomos Mercedes-Benz no Brasil

Uma coisa é certa: cedo ou tarde, os caminhões Mercedes-Benz elétricos vão rodar nas ruas e estradas brasileiras. Só que a revolução não para aí. Os engenheiros da fabricante estão empenhados no estudo dos caminhões autônomos. 

“Esse tipo de veículo tem um potencial enorme de possibilidades”, salienta Spinelli. “Um exemplo é a utilização em áreas confinadas, como galpões logísticos, mineradoras e fazendas, em que a trajetória via GPS impede o pisoteamento do solo.”


             Em testes no Brasil, Atego 1730 é o revolucionário caminhão autônomo da Mercedes-Benz

A automação, segundo o executivo, consegue elevar para um nível mais robusto toda a parte de tecnologia e segurança, como telemática e sistema inteligente de monitoramento.

O caminhão Mercedes-Benz autônomo, de nível 4, já está em operação no Brasil, em parceria com a startup Lume Robotics, responsável pela tecnologia de automação agregada ao veículo. O cavalo mecânico Atego 1730 ganhou adaptação para atividades da empresa Ypê, do segmento de higiene e limpeza.

Na condução autônoma de nível 4, o caminhão se movimenta em áreas confinadas e controladas em baixa velocidade e alta precisão nas manobras. Por meio de sensores e câmeras, o sistema reconhece os obstáculos mapeados e os pedestres. Utilizando a inteligência artificial, o caminhão memoriza todas as características do local onde atua.

Já o Mercedes-Benz Axor 3131, primeiro da marca com direção autônoma a ser utilizado em uma operação diária regular no Brasil, apresenta nível 2 de automação. Segundo a fabricante, na colheita o veículo reduz 40% o consumo de combustível, 40% de lubrificantes e tem 30% a menos no custo de manutenção. A velocidade de deslocamento é 50% maior. A expectativa da fabricante é que em 2023 mais de 1 mil unidades estejam em circulação – a maior frota de caminhões com direção autônoma no Brasil. 

Com tamanho volume em pesquisa e desenvolvimento na área de caminhões e ônibus, a Mercedes-Benz se consolida cada vez mais como empresa pioneira no uso de tecnologias inovadoras em seus veículos para oferecer as melhores soluções aos seus clientes. E, certamente, mais novidades estão por vir.