Chega ao fim a parceria entre Honda e GM no mercado de veículos elétricos

CEO da fabricante japonesa alegou que o negócio conjunto se tornou inviável por questões de custo e de logística

Redacao AB

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CEO da fabricante japonesa alegou que o negócio conjunto se tornou inviável por questões de custo e de logística

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Pouco mais de três anos depois, subiu no telhado uma das parcerias para carros elétricos que prometia. A Honda arquivou seus planos para desenvolver em conjunto com a General Motors (GM) veículos movidos a bateria acessíveis, disse o CEO da montadora japonesa, Toshihiro Mibe.

As montadoras revelaram o acordo em 2020. E concordaram, em abril de 2022, em criar uma nova arquitetura baseada na bateria Ultium da GM, que será usada principalmente para SUVs compactos, que estavam planejados para serem lançados em 2027.


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“Depois de estudar isto durante um ano, decidimos que seria difícil como negócio, por isso, neste momento, vamos encerrar o desenvolvimento de um veículo elétrico acessível”, disse Mibe à Bloomberg. “GM e Honda buscarão uma solução separadamente. Este projeto foi cancelado.”

A GM alertou no início desta semana que não pode mais dizer se alcançará sua previsão de lucro de US$ 14 bilhões este ano, e culpou a greve do UAW, o sindicato dos trabalhadores da indústria automotiva dos EUA. E isso deve ter mexido com os ânimos dentro da parceria.

Mibe não mencionou especificamente a greve do UAW, mas citou os desafios de custo e logística como razões para interromper o plano. Seu objetivo era produzir veículos elétricos com preços abaixo do Chevrolet Equinox EV, que custa cerca de US$ 30 mil.