Brasil vira maior mercado para exportação de carros elétricos e híbridos da China

País superou Bélgica e se tornou principal destino de veículos eletrificados chineses

Vitor Matsubara

Vitor Matsubara

País superou Bélgica e se tornou principal destino de veículos eletrificados chineses

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O Brasil virou o mercado mais importante para a exportação de carros híbridos e elétricos fabricados na China. Além do volume expressivo de unidades vendidas por aqui, as medidas tomadas pela União Europeia para frear a ascensão chinesa também fazem as marcas asiáticas voltarem seus esforços para cá.


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Relatório divulgado pela Associação das Fabricantes de Automóveis de Passeio da China (CPCA) revela que o número de exportações de carros híbridos e elétricos foi de 40.163 unidades em abril, batendo o recorde de exportação pelo segundo mês consecutivo.

É uma evolução expressiva, uma vez que, em janeiro deste ano, o Brasil era apenas o 10º maior mercado de exportação de carros eletrificados chineses. No período acumulado, de janeiro a abril de 2024, o volume de exportações para o mercado brasileiro cresceu nada menos do que 536%.

Exportações para Europa estão em queda

Apesar do rápido crescimento e de ocupar a liderança entre os veículos híbridos e elétricos da China, o Brasil ainda está longe de ser o principal mercado de exportação para as marcas de lá.

Esse posto pertence à Rússia, que há anos domina as vendas internacionais das fabricantes – incluindo modelos a combustão. Ao mesmo tempo, os números divulgados pela CPCA indicam uma redução expressiva nas importações de carros elétricos chineses neste ano por países da Europa, como Espanha, França e Noruega.

Recentemente, a União Europeia abriu uma investigação sobre subsídios concedidos pela União Europeia à montadoras chinesas.

O bloco econômico estuda possíveis sanções e/ou reajustes na alíquota de importação de carros chineses. Uma decisão deve ser tomada até meados de junho, mas os embarques para o continente europeu já são impactados desde já.

Com isso, as marcas chinesas voltam suas atenções para outros mercados potenciais em regiões como Austrália. Sudeste Asiático e, claro, América do Sul.