Crise no mercado alemão reduziu os volumes para o patamar das 200 mil unidades/mês
Os emplacamentos registrados no país em outubro superaram os registrados na Alemanha, o maior mercado europeu, no mesmo período. Enquanto por aqui os registros somaram 265 mil unidades, lá as vendas chegaram a 232 mil unidades.
O fato, no entanto, tem mais a ver com a crise vivida na Alemanha do que uma eventual pujança no mercado nacional – ainda que a Anfavea, a associação que representa as montadoras locais, considere o feito algo positivo.
O mercado alemão enfrenta uma série de problemas que vão desde a guerra de preços com modelos chineses, passando pela desconfiança do consumidor com relação à economia local, até chegar na queda de veículos elétricos.
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A crise vivida pela Volkswagen em sua terra natal é só a ponta de um iceberg que pode ter proporções maiores abaixo do nível do mar automotivo.
Mas, voltando à realidade brasileira, o ritmo das vendas vistos mensalmente tem dado sustentação a um viés positivo.
Ainda que pese sobre o negócio envolvendo modelos zero quilômetro o crédito caro, financiamento restrito etc, os emplacamentos aumentaram de forma considerável ao longo dos dez meses do ano.
Isso pode ser visto nas médias diárias. Em janeiro, o ritmo era de cerca de 7 mil unidades/dia. Em outubro, por exemplo, a média chegou a 11,5 mil unidades/dia.
“É uma evolução extraordinária”, disse Marcio de Lima Leite, presidente da Anfavea.