Biden anuncia US$ 5 bilhões  para construir rede nacional de estações de recarga nos EUA

Montante será investido ao longo de cinco anos

Victor Bianchin

Victor Bianchin

Montante será investido ao longo de cinco anos

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O Departamento de Transportes e Energia dos EUA anunciou hoje que US$ 5 bilhões serão investidos em uma rede nacional de estações de recarga para carros elétricos. A iniciativa faz parte do National Electric Vehicle Infrastructure Formula Program (Programa Fórmula de Infraestrutura para Veículos Elétricos Nacional), o qual resulta da nova lei de infraestrutura aprovada pelo presidente Joe Biden.

O montante será investido ao longo de cinco anos para instalar as estações de recarga nos “corredores de combustíveis alternativos”, os quais estão programados para serem alocados em 134 rodovias estaduais e 125 rodovias federais, cobrindo mais de 265 mil km em 49 dos 50 estados americanos.

Entre os fornecedores da rede nacional estarão a Siemens, que deve atingir a marca de um milhão de carregadores produzidos por ano a partir de 2025, e a Tritium, que vai ter seis fábricas produzindo 30 mil carregadores por ano. 

E isso não é tudo. Um segundo pacote de investimentos deve ser anunciado ainda este ano com o objetivo de fornecer subsídios a empresas e organizações que queiram instalar estações em locais mais afastados, como zonas rurais. 

A iniciativa dos EUA não é isolada. Em todo o mundo, é possível ver países se organizando para criar redes de recarga com financiamento público e, dessa forma, incentivar a eletrificação das frotas. Na Alemanha, por exemplo, há o Deutschlandnetz, planos que recompensa empresas dispostas a instalar estações de recarga em pontos pré-designados. A China, que tem a maior rede de estações do mundo, oferece subsídios e incentivos fiscais a empresas que instalam esses pontos de recarga. 

Conforme já falamos em uma reportagem sobre as dificuldades da eletrificação no Brasil, a participação do Estado é essencial para uma eletrificação competitiva e em compasso com o mercado mundial. Fica a dica para o governo brasileiro, que ainda não tem uma política de alcance nacional definida para os carros elétricos.