Foram 3,1 mil unidades no mês; acumulado de 2022 registra crescimento próximo a 40%
A produção de chassis para ônibus alcançou o maior volume de 2022 em julho, com 3,1 mil unidades e alta próxima a 5% na comparação com junho. No acumulado do ano já foram fabricados 16,5 mil chassis, o que indica importante alta de 38,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os números foram divulgados na sexta-feira, 5, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
“Foi mais um mês com a produção acima das 3 mil unidades. O acumulado até julho é semelhante ao de 2019 [antes da chegada da pandemia] e nos próximos meses esses ônibus serão licenciados”, afirma o vice-presidente da Anfavea, Gustavo Bonini. “Essa produção está com seu cronograma desenhado com os parceiros que fazem as carrocerias. Em mais dois a quatro meses estes ônibus serão entregues e isso vai refletir nos emplacamentos ainda este ano”, ressalta.
Produção de ônibus em julho puxadas pelo Caminho da Escola
O comentário do executivo decorre do acumulado de vendas no mercado interno, com apenas 8,5 mil unidades e uma queda próxima a 3% na comparação com iguais meses do ano passado, que foi bem ruim para o setor. Os emplacamentos de julho somaram 1,2 mil ônibus, indicando queda de 11,5% na comparação com o mês anterior.
De acordo com a Anfavea, os modelos entregues para o programa Caminho da Escola responderam por 31% do total de julho, seguidos pelos ônibus urbanos, 29%. A terceira fatia mais importante foi a dos micro-ônibus, com 17%.
Exportações crescem, apesar da Argentina
O volume de embarques de ônibus em julho também foi o maior de 2022 ao atingir 525 unidades, alta de 17,2% sobre junho. O acumulado do ano teve 2,7 mil unidades enviadas ao exterior, crescimento de 20,3% sobre os mesmos sete meses do ano passado.
A alta só não foi mais consistente por causa das vendas ao mercado argentino, que, segundo Bonini, recuaram 32% no acumulado, neste caso considerando caminhões e ônibus. Quase metade dos ônibus exportados em 2022 é de modelos rodoviários: exatos 1.253, com alta acima dos 80% impulsionada por fretamento e pelo turismo em especial. Os urbanos recuaram 7,5% no acumulado do ano, mas ainda são maioria, com 1,4 mil embarques.