Carro elétrico é ineficiente para o Brasil, avaliam executivos

Para 66% dos entrevistados na pesquisa Up Next Eletrificados, tecnologia tem pouco potencial local

Giovanna Riato

Giovanna Riato

Para 66% dos entrevistados na pesquisa Up Next Eletrificados, tecnologia tem pouco potencial local

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As vendas de carros elétricos estão em rápido crescimento no Brasil, mas ainda há descrença sobre a tecnologia para o mercado local. Segundo lideranças de empresas automotivas e da mobilidade, a solução é ineficiente para o país.

Essa foi a resposta de 66% dos participantes da pesquisa Up Next – Eletrificados, feita por Automotive Business em parceria com a Roland Berger. O levantamento entrevistou mais de 800 profissionais do segmento, sendo 32% deles de posição de diretoria, vice-presidência e presidência.

Dos que mostraram descrença com a tecnologia no Brasil, 25% entendem ainda que o carro elétrico também não é eficiente para o resto do mundo, enquanto 31% avaliam que a tecnologia é interessante tanto para o mercado nacional, quanto para outros países.


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Os dados foram apresentados em primeira mão durante o Up Next Eletrificados, evento promovido por Automotive Business no Cinemark do Shopping Cidade Jardim, em São Paulo, para 196 profissionais.

Apesar da análise cética, os respondentes da pesquisa entendem que a solução vai crescer. A expectativa da maioria é de que os carros elétricos puros alcancem participação de 31% nas vendas de veículos em 2030.

Os maiores obstáculos para esse número se concretizar são a oferta de recarga para veículos elétricos e a desvalorização dos modelos seminovos.

Enquanto carro elétrico é questionado, etanol e motor a combustão são consenso

Um dos motivos para que o carro elétrico não seja visto como a melhor solução para o mercado brasileiro está nos motores bicombustíveis e na ascensão da oferta de modelos híbridos flex. Para 41% de quem participou da pesquisa Up Next, o etanol é uma vantagem local que tem potencial de exportação.

Apenas 25% consideram que a solução é vantajosa, mas sem espaço em outros países, enquanto 7% entendem que o combustível é uma desvantagem que atrasa a eletrificação.