Etanol chega aos postos da Índia e abre portas para montadoras brasileiras

Aumento da oferta do combustível no país pode favorecer empresas exportadoras da tecnologia flex

Bruno de Oliveira

Bruno de Oliveira

Aumento da oferta do combustível no país pode favorecer empresas exportadoras da tecnologia flex

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E o etanol segue em destaque no mês de maio. Depois da Stellantis afirmar que pretende exportar motores flex, e da Bosch informar que vai exportar componentesque formam o sistema bicombustível, chegou a vez da Toyota revelar mais um passo importante deste tema tão brasileiro no exterior.

De acordo com Roberto Braun, porta-voz da montadora para assuntos ligados à agenda ESG, existem atualmente na Índia cerca de 400 postos que fornecem etanol na bomba para atender a frota circulante local.

Pode parecer pouco dado o tamanho do país e de sua população, mas não deixa de ser uma espécie de porta aberta para as montadoras e sistemistas instaladas no Brasil.

O executivo foi um dos palestrantes presentes no Up Next, evento realizado por Automotive Business na sexta-feira, 24, em São Paulo (SP).


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Em outubro de 2022, a Toyota lançou o projeto piloto Hybrid Flex Technology na Índia. Foi o seu primeiro passo naquele país para promover o etanol como agente de descarbonização. Assim como a Stellantis, a empresa também acredita que o Brasil pode desempenhar papel relevante na descarbonização global.

Não apenas as montadoras, mas também o país asiático tem se mostrado propenso a aumentar a oferta de etanol para abastecer veículos. Em abril, o governo local permitiu o desvio de mais 800 mil toneladas de açúcar para a produção de etanol no ciclo 23/24.

O Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo, depois dos Estados Unidos, e abriga a maior frota mundial de carros que usam etanol como combustível. Atualmente, toda gasolina brasileira é composta por 27% de etanol – e tramita no Congresso Nacional projeto para ampliar essa mistura para 30%.