Valeo mira produção maior de sistema híbrido em Campinas

Fábrica instalada no interior de São Paulo já abastece a demanda da Stellantis para as versões híbridas dos SUVs Pulse e Fastback

Bruno de Oliveira

Bruno de Oliveira

Fábrica instalada no interior de São Paulo já abastece a demanda da Stellantis para as versões híbridas dos SUVs Pulse e Fastback

O equipamento que deu vida às versões híbridas dos Fiat Fastback e Pulse na produção local da Stellantis saíram das linhas da Valeo em Campinas (SP). A produção da sistemista francesa dá início a um novo momento para a indústria automotiva nacional.

Na quarta-feira, 4, a reportagem visitou as instalações da fabricante de componentes no interior paulista. Dali sai o sistema BSG, ou Belt Starter Generator, espécie de alternador que utiliza energia regenerada para auxiliar a tração do motor de combustão.

Sistema híbrido pode melhorar eficiência energética

O BSG pode melhorar a economia de combustível em até 20%. Ele também permite que o motor seja desligado em momentos de pouca demanda do acelerador. Assim, também pode reduzir o consumo.

Por ora a produção é exclusiva para a Stellantis. Em breve, porém, deverá também atender aos modelos híbridos de outras fabricantes com operação no país. Segundo Rafael Galperin, diretor de vendas e novos negócios, há conversas nesse sentido.

A produção do BSG é similar em vários aspectos àquela de um alternador comum. Tanto que ambos os produtos compartilham da mesma linha de montagem da fábrica de Campinas, onde a Valeo também produz embreagens e limpadores de para-brisa.

“Uma diferença é um controle eletrônico que está acoplado ao conjunto mecânico. É ele quem controla o acionamento híbrido por meio de software”, contou o executivo, que também acrescentou que, hoje, a área de software é considerada uma das mais importantes na Valeo.

A empresa é a primeira a assumir um volume de produção considerável do equipamento no país – o Toyota Corolla híbrido flex utiliza outro sistema – e a tendência é a de que a demanda aumente com o passar dos anos.

Um estudo encomendado pela empresa à IHS mostrou que pelo menos até 2035 os híbridos leves devem dominar o mix de vendas de modelos que utilizam algum tipo de sistema eletrificado no mercado brasileiro.