GWM começa a fazer carros no Brasil no primeiro semestre de 2025

Marca pretende fabricar 10 mil veículos no país no ano que vem

Vitor Matsubara

Vitor Matsubara

Marca pretende fabricar 10 mil veículos no país no ano que vem

GWM Haval H6
Haval H6 será um dos carros feitos no Brasil

A GWM vai iniciar a produção de carros no Brasil em 2025. A informação foi revelada em apresentação realizada aos associados do Sindipeças.

Marcio Alfonso, diretor de engenharia, pesquisa e desenvolvimento da GWM Brasil, afirmou que a fábrica de Iracemápolis (SP) será inaugurada oficialmente no primeiro semestre do ano que vem. O segundo turno de produção estreia no último trimestre de 2025.

A meta da GWM é produzir 10 mil carros no Brasil em 2025, elevando o volume para 40 mil unidades em 2026. Para atingir esse objetivo, definido pelo próprio Marcio como “gigantesco”, a GWM vai produzir outros três modelos, além do já confirmado Haval H6.

”Vamos lançar um produto no ano que vem e mais dois em 2026”, garantiu.

Ricardo Bastos, diretor de relações institucionais e governamentais da GWM Brasil, antecipou que a tecnologia híbrida plug-in flex está em desenvolvimento.

Meta é aumentar nacionalização para exportar no futuro

Marcio afirmou que a ideia é que todas as peças sejam nacionalizadas nos padrões do projeto original. Mas ressaltou que, caso haja necessidade, é possível analisar uma eventual modificação ou até a produção de um componente específico para o mercado brasileiro.

O executivo disse que o objetivo é chegar ao mesmo nível de qualidade de produção da China. Embora a marca saiba que “será difícil” atingir o mesmo patamar de automação das fábricas chinesas, que utilizam muitos robôs em todos os processos.

Segundo Marcio, a produção de veículos será iniciada com uma porcentagem de peças nacionais. O diretor de engenharia da GWM reiterou que o objetivo é aumentar o Índice de nacionalização, que precisa ser de, pelo menos, 60% para viabilizar a exportação de veículos.

“A ideia é que a gente localize (a produção de componentes) cada vez mais, até pensando em uma possível exportação”, completou Laudo Nakamura, especialista em compras da GWM Brasil.