Montadoras que têm joint ventures com europeus também podem ter alíquotas reajustadas
A Comissão Europeia reduziu as alíquotas de importação de carros da Tesla e de algumas montadoras chinesas.
A decisão é mais um desdobramento das medidas protecionistas tomadas pelos europeus, que acusam as marcas da China de se beneficiarem de subsídios para baratearem o custo de produção de veículos.
VEJA MAIS:
– China vai à OMC contra medidas protecionistas da Europa
– Na Europa, montadoras precisam de tempo para concorrer com a China
Em resposta, o governo chinês ameaçou fazer retaliações comerciais.
Tesla teve imposto cortado pela metade
No caso da Tesla, a nova alíquota é de 9% – bem menos do que os 20,8% propostos em julho.
Autoridades europeias afirmam que o pedido de recálculo das taxas partiu da própria Tesla com base em subsídios recebidos pela empresa.
Além disso, executivos da Comissão Europeia afirmam que a Tesla recebe menos subsídios do que as concorrentes chinesas, o que justificaria a redução do imposto.
Montadoras da China tiveram alíquotas reduzidas
Quanto às marcas chinesas, executivos da União Europeia propuseram um limite de 36,3% para as alíquotas.
Esse número é um pouco menor do que os 37,6% estabelecidos para empresas da China que não tivessem colaborado com as investigações anti-subsídios.
Três marcas asiáticas receberam novas alíquotas ligeiramente menores do que as estabelecidas em julho. A BYD agora paga 17%, a Geely recebeu 19,3% e a SAIC, 36,3%.
No mês passado, a Comissão Europeia estabeleceu uma alíquota de 17,4% para a BYD, 19,9% no caso da Geely e 37,6% para a SAIC.
Por fim, montadoras chinesas que mantêm joint ventures com parceiros europeus também podem ser elegíveis para pagar menos impostos.