Volkswagen mostra o Taos por inteiro

Fabricado na Argentina e no México, novo SUV da Volkswagen será vendido na América Latina a partir do primeiro trimestre de 2021

Redação AB

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Fabricado na Argentina e no México, novo SUV da Volkswagen será vendido na América Latina a partir do primeiro trimestre de 2021

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Em uma apresentação on-line feita na Argentina, onde o novo SUV já é produzido em fase de testes, para 35 países das Américas, região onde será lançado em diferentes datas durante o primeiro trimestre de 2021, a Volkswagen finalmente apresentou o Taos por inteiro, em suas formas finais, após várias pílulas de silhuetas, partes e camuflagem. Derivado do Tarek, modelo da tcheca Skoda que pertence ao Grupo VW (daí o nome Projeto Tarek), o SUV médio foi projetado para os mercados latino-americanos e também será fabricado no México, para atender clientes domésticos e possíveis exportações sem impostos aos vizinhos e sócios do Nafta, Estados Unidos e Canadá.
De porte médio, o Taos faz parte da ofensiva global de SUVs da Volkswagen, que traçou estratégia para aproveitar ao máximo o boom do segmento, que já representa quase um quarto das vendas no Brasil, 17% em toda a América Latina, com expectativa de alcançar 35% até 2025. O novo modelo será o quarto SUV latino-americano da empresa, precedido pelo Tiguan feito no México e T-Cross e Nivus produzidos em fábricas diferentes no Brasil (São José dos Pinhais/PR e São Bernardo do Campo/SP, respectivamente). O Taos argentino ficará posicionado acima dos irmãos brasileiros e abaixo do mexicano; no mercado brasileiro vai brigar principalmente com o Jeep Compass, com o futuro Corolla Cross e marginalmente com outros competidores como Chevrolet Equinox e Hyundai Tucson. Na traseira, o Taos lembra o irmão maior mexicano da Volkswagen, o Tiguan Allspace

O Taos foi apresentado aos seus mercados-alvo na data em que a Volkswagen completou 40 anos na Argentina, para comemorar o aniversário que encerra um grande ciclo de investimentos da empresa no país, de US$ 650 milhões na fábrica de General Pacheco, na área metropolitana da capital Buenos Aires – uma herança da finada sociedade com a Ford na Autolatina, encerrada em 1996 com um muro que separou a área em duas partes. Nos últimos três anos os recursos foram aplicados na modernização dos equipamentos e da infraestrutura da planta, para produzir o novo SUV sobre plataforma global MQB do grupo. Entre as melhorias, a unidade ganhou uma nova área de pintura, com diminuição do consumo de água e energia, além de redução substancial das emissões de partículas.

“O investimento que deu origem ao Taos tornou-se possível graças ao comprometimento dos empregados, dos sindicatos, do governo argentino e de nossa casa matriz na Alemanha, que nos deu todo o apoio necessário nesse projeto”, disse Pablo Di Si, presidente da Volkswagen América Latina.

Silhueta dois-volumes do Taos com leve caída traseira não difere muito da maioria dos SUVs

DESIGN AUSTERO, BOM PACOTE TECNOLÓGICO

Visto agora por inteiro, o Taos revela um design austero, com vários dos lugares-comuns de boa parte dos SUVs: frente alta, silhueta quadrada dois-volumes e para-lamas proeminentes que sugerem os músculos de um carro robusto. A Volkswagen não inovou, apostou em sua identidade visual simples, mas que funciona, não desagrada ninguém. Assinatura luminosa em LED na traseira e dianteira traz uma novidade no Taos: haste horizontal iluminada com LED atravessa a grade frontal, ligando os faróis

O que há de mais novo no desenho do Taos é a assinatura luminosa dianteira, com uma haste iluminada por LEDs que atravessa a grade frontal, ligando os dois faróis – também de LED com a inovadora tecnologia IQ Light, que tem maior intensidade de iluminação nas laterais, direcionamento para acompanhar curvas e conta com sistema de regulagem automática para evitar ofuscar a visão à noite de motoristas no sentido contrário. Na traseira, o visual do modelo lembra bastante o outro SUV pouco maior da marca, o Tiguan Allspace.
Por dentro, a Volkswagen promete acabamento menos espartano do que a média dos carros da marca na região. Segundo a fabricante, foram usados enxertos de couro sintético e materiais espumados suaves ao toque no painel. No interior do Taos, Volkswagen promete acabamento mais sofisticado do que a média espartana da marca na região: visual tecnológico é garantido pelo quadro de instrumentos digital e pela tela tátil da central multimídia

O visual tecnológico fica por conta do quadro de instrumentos digital e programável, em uma tela de 10,2 polegadas, e da central multimídia com tela tátil de 10,1 polegadas que incorpora o sistema VW Play – desenvolvido no Brasil –, onde é possível baixar e armazenar aplicativos, configurar o perfil, vincular o celular sem fio e ainda programar o serviço de manutenção do carro, entre outras funcionalidades.
Embaixo do capô o Taos virá com o já conhecido motor 250 TSI, 1.4 turbo de 150 cavalos, o mesmo também utilizado pelas versões mais caras do T-Cross, Polo e Virtus, e produzido pela Volkswagen no Brasil, na fábrica de São Carlos (SP), que deverá ser acoplado ao também já conhecido câmbio automático de seis marchas fornecido pela Aisin.
O pacote de segurança ativa também é bastante completo – ainda que não se saiba ainda qual parte será de série e qual será opcional – incluindo controle adaptativo de velocidade (ACC, que acelera até a velocidade ajustada e reduz/freia para manter uma distância programada do carro à frente) com sistema stop&go (no anda-e-para do trânsito, freia o veículo e retoma automaticamente quando a parada é por menos de três segundos), além de frenagem automática de emergência, alerta de tráfego traseiro (para ajudar nas saídas do estacionamento) e detector de veículos no ponto cego do retrovisor.
Claro que versões e preços do Taos só serão conhecidos no lançamento, mas parece uma aposta certa prever que os valores vão facilmente superar os R$ 130 mil, levando-se em conta que o irmão imediatamente menor da família de SUVs da marca, o T-Cross Highline 250 TSI, equipado com mesmo motor e câmbio é vendido por R$ 123 mil.