Toyota amplia exportação do Corolla brasileiro à Colômbia

Sedã nacional deve substituir carro que era importado dos Estados Unidos

Redacao AB

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Sedã nacional deve substituir carro que era importado dos Estados Unidos

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A Toyota começa em breve a embarcar o sedã Corolla fabricado em Indaiatuba (SP) para a Colômbia, como parte da estratégia de ampliar as exportações de seu polo industrial no Brasil. Desde que começou a ser produzido no País, em 1998, o sedã foi exportado majoritariamente para a Argentina e pequenas quantidades para Uruguai e Paraguai, os outros dois países dos quatro que formam o Mercosul. Somente no ano passado o Corolla brasileiro começou a alçar voos mais distantes, chegando ao Peru. Agora o mercado colombiano passará a receber o carro dentro de uma cota de livre comércio sem aplicação de impostos, conforme acordo fechado no fim de 2017 entre Brasil e Colômbia. Já existem também negociações com o Chile.
As informações foram confirmadas a Automotive Business por Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil. Segundo ele, as exportações do Corolla ao Peru giram entre 2 mil e 3 mil unidades/ano e para a Colômbia esse número “deve ser maior”, podendo alcançar 5 mil/ano. “Mas há potencial para muito mais do que isso”, afirma Chang, apontando como fator limitador a falta de capacidade para fazer mais no Brasil. O sedã é produzido atualmente só em Indaiatuba, que em 2017 bateu seu recorde com 84 mil unidades fabricadas, trabalhando em dois turnos com horas extras. Perto de 18 mil Corolla, 20% da produção, foram embarcados ao exterior e 66 mil ficaram no mercado brasileiro, onde o modelo foi o sétimo carro mais vendido do País.
Com a volta do crescimento do mercado brasileiro, somado ao aumento previsto das exportações e Indaiatuba trabalhando no limite de sua capacidade, o “bom problema” de Chang em 2018 será fazer a produção do Corolla crescer para atender todos os consumidores da região, o que ele não revela como será feito, mas confirma que não estão previstos investimentos em expansão nem adoção da terceira jornada de trabalho na planta. “O terceiro turno deverá ser adotado apenas em Sorocaba [onde hoje são produzidos Etios hatch e sedã] a partir do terceiro trimestre, quando começaremos a fazer o Yaris lá”, diz o executivo. A fábrica sorocabana recebe investimentos de R$ 1 bilhão para receber o novo modelo e outros. Poucos anos atrás, a Toyota chegou a programar a transferência de parte da produção do Corolla para Sorocaba, mas o plano foi abortado há dois anos e a montadora resiste em divulgar se poderá ou não retomar essa solução.
Com exceção do bloco do Mercosul, os Corolla vendidos em países latino-americanos eram importados dos Estados Unidos. Desde os seus primeiros discursos logo que chegou ao Brasil, em 2013, para assumir como CEO da recém-criada divisão América Latina da Toyota, Steve St. Angelo sempre lamentou essa situação, disse que um de seus “sonhos” era exportar os carros feitos no Brasil para toda a região. Ao que parece, o sonho virou meta.