Novos caminhões têm motor de 190 cv e preenchem o vazio deixado desde 2016 com o fim dos Vertis de 9 e 13 toneladas
A Iveco renovou e ampliou sua linha de caminhões Tector, em que os principais destaques são os modelos 9-190 (para 9 toneladas de Peso Bruto Total) e 11-190 (para 11 toneladas de PBT). Os preços divulgados são de R$ 155 mil e R$ 165 mil, respectivamente. Produzidos em Sete Lagoas (MG), eles resultam de um investimento de US$ 40 milhões e representam a volta da montadora ao segmento que havia deixado no Brasil quando parou de produzir o caminhão Vertis nas opções de 9 e 13 toneladas.
Os caminhões chegam com um atraso considerável, já que haviam sido mostrados na Fenatran de 2017 e prometidos para dezembro de 2018.
“O segmento de 8 a 15 toneladas representa 18% das vendas no Brasil. Com os novos caminhões, queremos para a Iveco 10% desse segmento”, afirma o diretor de vendas e marketing Ricardo Barion.
A importância dos novos caminhões também está no aumento da cobertura de mercados vizinhos, onde os modelos de 8 a 15 toneladas de PBT têm cerca de 20% do mercado. As exportações começam nas próximas semanas.
“A produção começou em maio e eles já estão prontos para ser vendidos não só no Brasil, mas também na Argentina, Paraguai e Uruguai. Em países andinos como Chile, Colômbia e Peru vão demorar mais alguns meses a desembarcar por causa de modificações necessárias em veículos que trafegam em maior altitude, onde o ar é mais rarefeito”, recorda Barion. O maior mercado previsto é o Brasil, que deve consumir 80% a 90% da produção dos novos modelos até o fim de 2019.
Vale dizer que o novo Iveco 11-190 pode receber opcionalmente um terceiro eixo, tornando-se um veículo para 13 toneladas de PBT. A adaptação é feita por uma empresa parceira da Iveco.
Os Tector 9-190 e 11-190 são equipados com motor FPT N45, de 190 cavalos e 62 kgfm de torque entre 1.350 e 2.100 rotações por minuto, uma faixa ampla que reduz a necessidade de trocas de marcha com muita frequência. A transmissão de seis marchas é manual e fornecida pela Eaton.
“É possível que em menos de um ano haja uma opção automatizada”, admite o vice-presidente da Iveco, Marco Borba.
O eixo traseiro dos novos modelos é fornecido pela Dana. Ambos os caminhões receberam sistema hidráulico de basculamento da cabine como item de série. Com os novos modelos chegam mudanças na parte externa da cabine, que foram estendidas a toda a linha Tector. Os defletores de ar são maiores e mais eficientes.
A linha Tector recebeu também uma nova versão 17-300, um cavalo mecânico ideal para carretas de dois a três eixos que trafegam em regiões de topografia mais plana e curtas distâncias. “É uma configuração bastante utilizada na Argentina”, diz Borba.