Arrizo 6 tem motor 1.5 turbo de 150 cavalos e câmbio automático CVT. Preço sem desconto subirá para R$ 108.750
A partir da primeira quinzena de julho as 110 concessionárias Caoa Chery terão à venda o Arrizo 6, um sedã médio com bom nível de equipamentos e em versão única, sem opcionais. O preço de lançamento é de R$ 98.400, 9,5% abaixo do real valor de tabela, R$ 108.750.
O carro recebe motor flex 1.5 turbo de 150 cavalos e câmbio automático CVT que simula nove marchas. Com 4,67 metros de comprimento, ele concorre com Toyota Corolla, Honda Civic e Chevrolet Cruze, os três sedãs médios mais vendidos em 2019 e também no acumulado até maio de 2020. Em vez de expectativa de vendas, algo difícil até para um guru neste momento, o CEO da Caoa Chery, Márcio Alfonso, preferiu dizer apenas que o novo sedã vai aumentar a participação da marca, atualmente em 1,2% considerando apenas o segmento de automóveis.
“Com ele vamos ampliar essa fatia em 0,2% até o fim do ano. O segmento total de sedãs ainda detém uma parcela importante de mais de 20% [exatos 21,4%] do mercado brasileiro”, afirma o executivo.
Com isso, a Caoa Chery terminaria 2020 com cerca de 1,5% do mercado de automóveis. Uma das coisas que podem dificultar as vendas do sedã é que seu preço “cheio” (que entrará em vigor nas próximas semanas) é mais alto que o de dois SUVs encontrados na mesma rede de revendas, o Tiggo 5X (de R$ 88.990 a R$ 99.990) e o Tiggo 7 na versão de entrada, por R$ 94.990.Novo sedã mede 4,67 m. Recebe painel de instrumentos digital com três diferentes layouts e cores. Distância entre eixos de 2,65 m garante bom espaço no banco de trás, que conta com saídas de ar-condicionado e uma entrada USB
O Arrizo 6 é fabricado em Jacareí (SP) ao lado do Tiggo 2 e do Arrizo 5, sedã pouco menor (4,53 m) lançado no segundo semestre de 2018 e cujas vendas nunca decolaram. Foram apenas 2,4 mil unidades em todo o ano de 2019. Acabou ofuscado pelo maior apelo do SUV Tiggo 5X, que teve quase 8 mil emplacamentos no período.
A Chery retomou a produção em 1º de junho em ritmo lento e com apenas um terço da equipe pela fraca demanda em abril e maio e também por causa de medidas de prevenção à Covid-19.
A fábrica vem montando apenas o Arrizo 6 nessa retomada, cerca de 15 unidades por dia. Nos próximos dias voltam à linha o Tiggo 2 e o Arrizo 5: “Em julho, mais um terço da equipe retornará e em agosto todos devem estar de volta”, estima Alfonso. A unidade emprega 540 funcionários.
CARO, MAS COMPLETO
O Arrizo 6 chega com preço alto por conta da dependência de componentes importados e do dólar cotado acima de R$ 5. A nacionalização ainda é pequena. Envolve bateria, pneus, material de isolamento acústico, sistema de injeção e peças plásticas, entre outros itens.
Márcio Alfonso confirma a necessidade de aumentar o nível de localização de componentes, o que depende não só de vontade, mas de bom volume de produção. E isso não vinha ocorrendo com os carros feitos em Jacareí, o que obrigou a empresa a fechar (antes do início da quarentena) o setor de produção de motores na unidade.Lista de equipamentos inclui quatro câmeras, duas delas sob os retrovisores. Elas podem ser usadas individualmente ou em conjunto, formando uma imagem aérea virtual
Além do baixo índice de nacionalização, o preço alto do sedã decorre de um conjunto bastante completo de equipamentos, que inclui seis airbags (dois frontais, dois laterais e dois de cortina que protegem pessoas na dianteira e na traseira). O carro recebe freios a disco nas quatro rodas, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa e freio de estacionamento acionado eletricamente.
As rodas de liga leve são de 17 polegadas. Os faróis têm acendimento automático e os retrovisores externos contam com rebatimento elétrico. O controle utilizado na chave permite não só acionar vidros e teto solar. Dá para ligar também o motor e com ele o ar-condicionado. É uma grande ajuda nos dias quentes em que o carro fica estacionado sob o sol. E o ar-condicionado também conta com duas saídas para o banco traseiro.
O painel de instrumentos do Arrizo 6 utiliza uma tela de cristal líquido de alta definição com três opções de layout, cada uma com uma cor (azul, vermelha e castanha). A central multimídia recebe tela de nove polegadas sensível ao toque com Apple Car Play e possibilidade de espelhamento para Android Auto.
Além dos sensores de estacionamento traseiros, o novo sedã recebe quatro câmeras, uma sob cada retrovisor externo, uma dianteira e outra traseira. Elas podem ser utilizadas individualmente ou de maneira simultânea, quando as quatro imagens são processadas eletronicamente para formar uma só, como uma vista aérea do carro (visão em 360 graus), que facilita em manobras ou na circulação em locais estreitos e cheios de obstáculos, como uma garagem de prédio com várias colunas uma perto da outra. O carro tem garantia de três anos e o conjunto motor-câmbio, cinco anos.Arrizo 6 vem com teto solar elétrico e porta-malas para 570 litros, o maior da categoria. Ele permite acessar o espaço do banco traseiro para transportar objetos longos
O Arrizo 6 tem 2,65 metros de distância entre eixos, o que resulta em bom espaço interno sem comprometer a capacidade do porta-malas, que é de 570 litros, o maior da categoria. Em uma demonstração, a montadora colocou ali 14 volumes entre malas grandes, médias e mochilas. E o espaço se comunica com o banco traseiro quando os encostos são rebatidos, o que permite transportar objetos mais longos.
DESEMPENHO E CONSUMO
A Caoa Chery equipou o Arrizo 6 com o mesmo motor de quatro cilindros, 16 válvulas e turbo do Arrizo 5. Segundo a montadora, o novo sedã acelera de zero a 100 km/h em pouco menos de 10 segundos (exatos 9,98 s). A velocidade máxima não foi divulgada.
Os dados de consumo são aqueles informados pelo programa de etiquetagem veicular. Na cidade ele faz 11 km/l com gasolina e 7,6 km/l com etanol. Na estrada são 13,3 km/l com o derivado de petróleo e 9,4 km/l com o combustível de origem vegetal.