Ônibus fecham setembro com 1.163 unidades, pior resultado do ano

Vendas acumuladas abaixo de 14 mil unidades levam Fenabrave a reduzir projeção anual

Mario Curcio

Mario Curcio

Vendas acumuladas abaixo de 14 mil unidades levam Fenabrave a reduzir projeção anual

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Setembro foi o pior mês para os ônibus em 2021, com apenas 1.163 unidades emplacadas. A comparação com agosto indica queda de 28,4%, a maior entre todos os veículos. A média diária de emplacamentos também foi a mais baixa do ano, 55,4 unidades. E no acumulado destes nove meses foram só 13,7 mil ônibus vendidos, somente 4,4% a mais que igual período de 2020.

Os números foram divulgados segunda-feira, 4, pela Fenabrave, que reúne as associações de concessionários. A entidade também revisou para baixo a projeção do setor e estima agora 18,4 mil ônibus emplacados até o fim do ano, o que resultará em alta de 1,1% sobre 2020.

É praticamente um empate, já que a vantagem estimada é de pouco mais de 200 unidades. Pela projeção anterior, divulgada em julho, a Fenabrave esperava mais de 20 mil unidades e alta de 10,6% sobre o ano passado. 

Vale dizer ainda que para a nova meta ser alcançada o País terá de emplacar em média 1.588 ônibus em cada um dos três meses restantes. Mas somente em maio, junho e agosto de 2021 esse total foi superado.  

Para o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, a situação “é algo até compreensível em razão da pandemia e das restrições de circulação que vigoraram no primeiro semestre”.

Os ônibus mantêm o menor crescimento dos setores analisados. As fabricantes aguardam a retomada das renovações de frota urbanas e rodoviárias e também das vendas para o setor de turismo. A pandemia de Covid-19 afetou bastante os principais canais de venda de ônibus.