Projeção para 2022 estima cerca de 172 mil e alta superior a 8%, puxada por mercado interno e exportações
O Brasil encerrou 2021 com 158,8 mil caminhões produzidos, o melhor resultado anual desde 2013. A comparação com 2020 trouxe alta de 74,6%. E a expectativa para 2022 é de cerca de 172 mil caminhões fabricados no País e crescimento superior a 8%. A projeção foi divulgada na manhã de sexta-feira, 7, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A entidade prevê um total de 192 mil veículos pesados produzidos no País, somados aí também os ônibus.
“Os modelos econômicos tradicionais não bastam em uma situação de pandemia e estamos considerando essa alta a partir de um pequeno crescimento de 0,5% do PIB, de uma safra de 290 milhões de toneladas de grãos e também levando em conta as eleições, aumentos de custos e de carga tributária, da persistência de problemas logísticos e de oferta de insumos em razão da Covid-19”, recorda o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
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A produção de 2021 foi puxada sobretudo pelo agronegócio e comércio eletrônico. A montagem de caminhões em dezembro foi a melhor para este mês desde 2011, com 12,4 mil unidades. Segundo a Anfavea, as fábricas se esforçaram para manter o ritmo em razão de encomendas a ser entregues neste início de ano.
Exportação passará de 24 mil unidades
As novas projeções da Anfavea também preveem exportação total de 29 mil veículos pesados. Destes, 24,4 mil unidades serão caminhões, o que dará um crescimento também próximo a 8% na comparação com os embarques de 2021. O ano passado teve 22,7 mil caminhões vendidos ao mercado externo.
Os três principais destinos foram Argentina, Chile e Peru. “Temos produtos para diferentes mercados, mas várias situações nos tornam menos competitivos. Continuamos exportando impostos”, lamenta Saltini. Para 2022, os principais destinos dos caminhões brasileiros estarão na América Latina e também na África, para onde o Brasil já enviava seus veículos de carga.
Mercado interno crescerá perto de 9%
Ainda segundo a Anfavea, o mercado local absorverá 140 mil caminhões neste ano, resultando em alta de 8,8% sobre o total entregue no ano passado. Em 2021 chegaram às ruas 128,7 mil unidades. Este foi o melhor volume anual desde 2014 e a alta na comparação com 2020 superou os 43%.
O fechamento de 2021 mostra que os modelos pesados (com Capacidade Máxima de Tração, CMT, acima de 40 toneladas) e semipesados (com CMT abaixo de 40 toneladas) responderam juntos por mais de três quartos do mercado nacional. O ano terminou com crescimento superior a 35% para todos os segmentos. A menor alta, 35,5%, ocorreu para os caminhões semileves (com Peso Bruto Total, PBT, de 3,5 a 6 toneladas).
Este também foi o segmento menos representativo em volume, com 6,6 mil unidades emplacadas durante o ano, dez vezes a menos que os pesados, que terminaram 2021 com 66,1 mil licenciamentos e alta de 49,3% sobre o ano anterior.