Empresa alega problemas financeiros e diz ainda que vai terceirizar parte das operações
A Mercedes-Benz anunciou na terça-feira, 6, a demissão de 3.600 empregados na fábrica de São Bernardo do Campo (SP) e a terceirização de parte das operações no Brasil.
Aproximadamente 2,2 mil trabalhadores devem ser dispensados, enquanto 1,4 mil profissionais não terão seus contratos temporários renovados a partir de dezembro de 2022.
‘Garantindo a sustentabilidade dos negócios’
Segundo informações do Diário do Grande ABC, a decisão foi tomada por conta de problemas financeiros, “especialmente diante da crescente pressão de custos e mudanças dinâmicas do mercado”, conforme anunciado em comunicado interno.
Sobre a terceirização de alguns processos, a produção de componentes como eixos dianteiro e transmissão média, bem como os serviços de logística, manutenção e ferramentaria, devem ser executados por empresas contratadas.
Veja também:
– Cade aprova supergrupo com Mercedes-Benz, Volkswagen, BMW e Bosch
“Estamos garantindo a sustentabilidade dos negócios da Mercedes-Benz Caminhões e Ônibus a longo prazo no Brasil”, informou a montadora em comunicado. Assim, a empresa concentraria seus esforços na fabricação de caminhões e chassis de ônibus, além do desenvolvimento de novas tecnologias.
Conversas em pauta
Segundo a agência de notícias Reuters, dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos do Grande ABC se reuniram com a diretoria da Mercedes-Benz na tarde de terça-feira, 6, quando representantes da fabricante propuseram a abertura de negociações. Uma assembleia entre diretores do sindicato e os trabalhadores acontecerá na próxima quinta-feira, 8, às 14h.
Estima-se que a fábrica de São Bernardo do Campo (a primeira da Mercedes-Benz fora da Alemanha) conte atualmente com seis mil funcionários na produção, e entre oito e nove mil em toda a empresa.
O sindicato afirmou que “esclarecimentos e comunicados à imprensa por parte do sindicato e sua direção só serão feitos após conversa e assembleia com os trabalhadores da planta”.