Companhia segue em alta no país, oferece nova ferramenta e mantém previsão de crescimento acima dos 10%
A ZF segue com planos interessantes para o Brasil. De acordo com Reynaldo Contreira, head de aftermarket da empresa para a América do Sul, o país será o primeiro a receber a plataforma Scalar – produto que já fazia parte do escopo da Wabco, adquirida pela companhia alemã em 2020.
O Scalar já teve uma prévia na Automechanika Frankfurt 2022, mas seu tour de lançamento também passa pelo Salão de Hannover, que tem início no próximo dia 20. A plataforma da ZF oferece soluções em tempo real em inúmeros quesitos, como planejamento, agendamento, despacho e roteamento. A ferramenta obtém dados do veículo e calcula tomadas de decisão a partir de Inteligência Artificial.
“O Brasil será o primeiro país a receber a plataforma. A frota está passando por um processo de retrofitting. Isso está acontecendo neste momento”, garante Contreira. Vale destacar que o produto é aplicado especificamente nas carretas, voltadas para transporte de carga.
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“Tínhamos uma deficiência muito grande para fazer a telemática desses veículos, isso a nível mundial. Acho que [o Scalar] vai ser uma grande mudança no negócio”, comenta o executivo. “Para se ter uma noção, poderemos checar a pressão dos pneus de um veículo que está rodando em Recife, por exemplo, de um ponto em São Paulo”, exaltou o executivo da ZF. Além disso, a Scalar é capaz de aferir com precisão o quanto a carreta está acima, ou abaixo, do limite máximo de carga.
Como mencionado anteriormente, alguns veículos já passam por processo de retrofitting. A empresa ainda não cita quais clientes já optaram pela Scalar, mas garante que, além da adesão, há interesse latente pela plataforma. “É importante criarmos produtos capazes de atender a várias partes do mundo. [O Scalar] no Brasil vai ter aplicações em condições severas”, comenta Contreira.
ZF vai unir centros de distribuição no Brasil
Além do lançamento do Scalar no Brasil, a ZF mantém a estimativa de crescimento no país de 12% para este ano na comparação com 2021. Para 2023, segundo a companhia, o crescimento deve seguir em ritmo similar. “A situação no Brasil, diria, é extremamente positiva. Estamos muito satisfeitos”, garante Reynaldo Contreira, sem deixar de dizer que o restante do continente sul-americano é um fator que ainda preocupa a empresa.
No Brasil, a ZF pretende unir o centro de distribuição de Itu (SP) ao da “antiga Wabco”, em Campinas (SP). “A lógica seria combinar esses centros, mas não temos nada definido ainda. A junção, porém, é inevitável”, comenta o executivo da companhia. A ideia inicial, vale destacar, era levar toda essa parte da operação para Itu, mas não havia espaço para tal. Mesmo assim, a cidade é vista como prioridade pela empresa, já que existe margem de negociação para uma área capaz de abarcar a integração.
Para o mercado brasileiro, outra mudança que deve ocorrer em breve é na unidade de Sorocaba (SP). A fábrica passou por um update para fazer a transmissão TraxOn, com elevado nível de automação.
Ela, contudo, segue com a produção de componentes mais antigos, da década de 1990, voltados para países que ainda se enquadram no Euro 3, e também para o mercado de reposição. A tendência é que estes sejam remanejados para outro local, que possa centralizar a fabricação dessas peças de baixo volume.
Além disso, a empresa também deposita esforços nos centros de distribuição fora do país. De acordo com a ZF, investimentos serão feitos na Argentina, em Buenos Aires, e na Colômbia, onde a empresa tem espaço em Cali.