Montadora prepara a chegada de seis modelos híbridos e elétricos no mercado brasileiro e prioriza a solução nacional
Pablo Di Si, presidente e CEO da VW América Latina, em entrevista recente a Automotive Business, enfatizou a importância dos programas de descarbonização no setor automotivo, ao mesmo tempo em que a empresa promove sua estratégia de lançamento de carros flex, híbridos e elétricos na região. Serão seis modelos híbridos e elétricos. O programa começou com o lançamento do Golf GTE híbrido plug-in e agora os modelos elétricos ID.3 e ID.4 estão sendo apresentados no Brasil em testes de mercado.
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Pablo enfatiza que o híbrido é uma excelente transição até que cheguem os elétricos e destaca que o objetivo final é a descarbonização, que tem apoio fundamental na utilização do etanol em veículos flex. Em um futuro um pouco mais distante o etanol poderá ser empregado também em powertrains baseados em células de combustível.
“Não conseguiremos eletrificar todo o País num curto espaço de tempo em função de seu tamanho. Então o carro híbrido é uma excelente transição de dois, três, quatro anos até que cheguem os carros elétricos de forma mais concreta”, disse. A VW promoveu parceria com a EDP, empresa de energia portuguesa, a Porsche e a Audi e começou a instalar carregadores ultrarrápidos desde o Espírito Santo até Santa Catarina.
Pablo revela que faz esforços com alguns parceiros, como governo, entidades, usinas e universidades, para o desenvolvimento de uma tecnologia complementar à eletrificação baseada no etanol, com grande potencial de exportação para outros países emergentes. “Por isso, inclusive, inauguraremos o nosso Centro de Pesquisa & Desenvolvimento para biocombustíveis no segundo semestre de 2022”, explica.
O uso de células de combustível com emprego de etanol vai estar nos planos da VW no País, mas em uma segunda etapa, já que as tecnologias estão em fase de desenvolvimento, especialmente em universidades. Pablo esclarece que a VW tem procurado conscientizar o cliente de que o etanol é uma opção de baixa emissão de CO2 quando comparado à gasolina e que pode ser base para tecnologias complementares aos carros híbridos e elétricos.
Paulo Braga é jornalista, administrador de empresas e sócio-fundador de Automotive Business.
*Este texto traz a opinião do autor e não reflete, necessariamente, o posicionamento editorial de Automotive Business