Ford é acusada de contaminar Amazônia para produzir picape elétrica nos EUA

Matéria-prima do alumínio é extraída da floresta amazônica e usada na fabricação da F-150 Lightning; água e moradores foram contaminados

Redacao AB

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Matéria-prima do alumínio é extraída da floresta amazônica e usada na fabricação da F-150 Lightning; água e moradores foram contaminados

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Mineradoras e refinarias ligadas à Ford geraram altos níveis de contaminação na Floresta Amazônica. De acordo com a agência de notícias norte-americana Bloomberg, a atividade nociva ao meio ambiente serve para fornecer insumos para a produção da F-150 Lightning, a variante elétrica da picape mais vendida do mundo.

Na região de Barcarena, no Pará, a agência localizou a empresa Hydro Alunorte. A companhia, de propriedade da Norks Hydro e com capital do governo da Noruega, atua na extração de bauxita de alumina, matéria-prima usada na fabricação de alumínio necessário para os veículos elétricos.


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Água e moradores foram contaminados

Um estudo do Laboratório de Química Analítica e Ambiental da Universidade Federal do Pará (UFPA) detectou que uma das refinarias contaminou a água potável de 26 comunidades, com chumbo, alumínio, fósforo e outros metais. O nível de alumínio encontrado foi 57 vezes maior do que o permitido.

Pesquisadores do Instituto Evandro Chagas, ligado ao Ministério da Saúde, também constataram que a população de Barcarena tem níveis de chumbo no sangue.

Alumínio extraído é exportado diretamente para América do Norte

A agência também afirmou que o alumínio extraído na região é exportado diretamente para o Canadá, onde é iniciado o processo que resulta na montagem da picape Ford F-150 Lightning em Michigan, nos EUA.

A F-150 é a picape mais vendida nos Estados Unidos e o veículo mais emplacado no mundo. A opção elétrica do modelo também é um sucesso de vendas desde a estreia, em 2021.

No mercado brasileiro, a configuração a combustão da F-150 não sai por menos de R$ 470 mil.


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A Ford e  a Hydro Alunorte alegaram trabalhar em conformidade com os padrões de contaminação estipulados pelo governo brasileiro. Por outro lado, ativistas e a população da região amazônica afirmam que o resultado de estudos de impacto ambiental nunca foi revelado.