Economia dos Estados Unidos já provoca cortes no setor automotivo

Queda na demanda e juros são alguns dos motivos para a redução do quadro de funcionários de empresas como Nuro e Carvana

Redacao AB

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Queda na demanda e juros são alguns dos motivos para a redução do quadro de funcionários de empresas como Nuro e Carvana

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O mercado dos Estados Unidos já demonstra os primeiros sinais de uma recessão projetada por analistas para 2023. Duas empresas do setor automotivo anunciaram em novembro a necessidade de corte de pessoal por causa de questões ligadas às condições de financiamento.

A primeira foi a fabricante de veículos autônomos Nuro, que iniciou processo de demissão de cerca de 20% de sua força de trabalho. “Dispensar membros da equipe é sempre o último recurso, mas infelizmente foi necessário depois que outras opções se esgotaram”, informou a companhia à agência Reuters.

A startup com sede no Vale do Silício, na Califórnia, cuja lista de investidores inclui Google e Softbank, levantou US$ 600 milhões no ano passado e tem um valor de mercado avaliado em US$ 8,6 bilhões.


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A Nuro diz que teve rápido crescimento rápido em 2021, ajudado por uma oferta abundante de capital, mas 2022 trouxe uma série de desafios econômicos, incluindo uma iminente recessão nos Estados Unidos e crises energéticas, fatores que levaram a companhia a cortar custos.

“Dobramos o tamanho de nossa equipe em menos de dois anos e aumentamos significativamente nossas despesas operacionais, assumindo que o ambiente de financiamento permaneceria forte”, disseram os fundadores da Nuro, por e-mail, à Reuters. As demissões afetarão cerca de 300 funcionários.

Além da Nuro, Carvana também anuncia cortes

Outra empresa que anunciou cortes foi a Carvana, um dos principais nomes do mercado de venda de seminovos nos Estados Unidos. Na semana passada, anunciou a demissão de 1,5 mil funcionários, ou 8% do seu quadro total. A razão, alegou a companhia, foi queda na demanda por carros usados e juros crescentes.

A redução da força de trabalho foi iniciada para adequar o tamanho da empresa ao ambiente atual e atingir as metas financeiras, disse a Carvana em um documento enviado às entidades que regulam o mercado estadunidense.