Como fica a diversidade em meio às transformações do setor automotivo?

Tema foi debatido na 5ª edição do Fórum #ABDiversidade no Setor Automotivo, transmitido online

Redacao AB

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Tema foi debatido na 5ª edição do Fórum #ABDiversidade no Setor Automotivo, transmitido online

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A pandemia acelerou diversas transformações no setor automotivo: descarbonização, conectividade, estratégia centrada no cliente, nova cultura corporativa e o home office. Mas como fica a diversidade? O tema foi abordado na 5ª edição do Fórum #ABDiversidade no Setor Automotivo, transmitido online, na terça-feira, 22.

“Diversidade não é apenas uma questão de competitividade, é uma questão de sobrevivência. Se não houver um processo de inclusão para que as pessoas possam contribuir representando diversas camadas da sociedade não vamos conseguir sobreviver”, disse o vice-presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Ricardo Martins.

Os desafios da diversidade no setor automotivo

Nos últimos dois anos, quase metade das empresas automotivas acelerou sua estratégia em diversidade e inclusão, mas os resultados ainda são tímidos. O levantamento, que resultou no estudo Diversidade no Setor Automotivo, foi realizado por Automotive Business, com a coordenação técnica da MHD Consultoria.

Exemplo disso é que a presença feminina no setor está estacionada em 20% desde 2017, segundo a pesquisa. A participação de pessoas negras mais que dobrou no período, mas ainda é pequena perto do total: apenas 14,6%.

Ricardo Martins destacou que todas as montadoras estão engajadas e avançando no tema. “Posso afirmar que diversidade e inclusão é o primeiro tópico em que todas as montadoras estão participando e, se existem diferenças, são muito pequenas. Todas estão em níveis muito próximos”, comentou o vice-presidente da Anfavea.

No painel “Diversidade no centro da estratégia para a mobilidade do futuro” participaram também o presidente da SAE Brasil, Camilo Adas; o diretor-presidente do IQA, Claudio Moyses; e o diretor do Instituto Sindipeças de Educação Corporativa, Luis Gonzalo.

Home office         

Uma das grandes mudanças da pandemia foi o trabalho remoto. Em mais da metade das empresas, o home office ajudou a quebrar barreiras e a trazer mais engajamento para pautas de diversidade, segundo o estudo da AB.

Na TE Connectivity, um dos ganhos foi a rápida adaptação dos colaboradores durante o período de isolamento social. Agora, com a volta do trabalho presencial, o modelo híbrido é a preferência de 90% dos colaboradores da empresa.

“Estamos em um nível de maturidade diferente, já sabemos que o home office funciona. Hoje nosso desafio é como manter o engajamento e pertencimento das pessoas, como manter ativa a cultura da organização, preparar os líderes para fazer a gestão presencial e remota dos times também”, afirmou a gerente de recursos humanos da TE, Claudia Serrano.

Para a diretora de RH e da unidade do Aftermarket da Cummins Meritor, Nathalia Molina, o formato híbrido é o que melhor equilibra a vida pessoal e profissional, sem prejudicar a cultura organizacional e a diversidade.

“Acho que o trabalho 100% home office traz para as empresas grandes desafios em termos de integração e de transmissão de cultura organizacional. Por isso, acho que o modelo híbrido equilibra mais a vida pessoal e profissional, mas ainda precisamos melhorar cada vez mais, melhorar nossas ferramentas e a escuta ativa.”