Tesla vai congelar contratações e colocar trabalhadores em layoff

Medida deve entrar em vigor já no primeiro trimestre de 2023, apesar dos planos de expansão global

Redacao AB

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Medida deve entrar em vigor já no primeiro trimestre de 2023, apesar dos planos de expansão global

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A fabricante de veículos elétricos do Vale do Silício Tesla adota medidas cada vez mais parecidas com as tradicionais montadoras. Elon Musk, CEO da organização, prepara congelamento da contração de novos funcionários globalmente, além de layoff de trabalhadores – a suspensão temporária do contrato de trabalho.

A informação é do site Electrik obtida com fontes da empresa. Segundo a publicação, os layoffs devem acontecer já no primeiro trimestre do próximo ano. A companhia tem cerca de 100 mil funcionários e, nos últimos anos, acelerou o ritmo de contratações, o que pode ter resultado em algumas ineficiências.


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Elon Musk já adotou medida parecida em 2022

Em junho deste ano, a Tesla havia anunciado um corte de 10% da força de trabalho, além de interrupção nas contratações. A medida, no entanto, não durou muito, já que, no segundo semestre, a empresa precisou recrutar funcionários para seus projetos de expansão.

Ao longo de 2022, a companhia acelerou a produção nos Estados Unidos e inaugurou fábrica na Alemanha, onde começou a fazer veículos recentemente. Há poucos dias, a montadora anunciou, inclusive, o objetivo de duplicar o volume de carros feitos na fábrica germânica para 1 milhão por ano. Com isso, não fica claro como a empresa pretende concretizar esse plano enquanto interrompe a expansão de seu quadro de funcionários.

Ações da Tesla encolheram

A montadora alcançou uma série de recordes financeiros e expandiu o volume de veículos produzidos em 2022. Ainda assim, o mercado financeiro não respondeu com tanto entusiasmo e as ações da empresa sofreram queda. 

Em partes, a redução pode ser explicada pela desaceleração da economia global. Há ainda questões relacionadas à postura do CEO da empresa, Elon Musk, e às recentes polêmicas relacionadas à compra do Twitter pelo empresário, que precisou vender ações da Tesla para financiar o investimento.