Vendas de elétricos e híbridos iniciam 2023 em queda

Número de emplacamentos registrado em janeiro foi menor que o de dezembro, mas superior ao do início de 2022

Nataly Simoes

Nataly Simoes

Número de emplacamentos registrado em janeiro foi menor que o de dezembro, mas superior ao do início de 2022

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O Brasil registrou a venda de 4.500 veículos elétricos e híbridos em janeiro. O resultado é 19,4% inferior ao de dezembro de 2022, que contabilizou 5.600 emplacamentos, e 76% a mais que em janeiro do ano passado, quando 2.600 unidades foram comercializadas.

Os dados foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) nesta terça-feira, 7.

Vendas de elétricos e híbridos em 2023 já é maior do que todo ano de 2018

As 4.500 unidades emplacadas somente em janeiro representam mais que o total registrado em todos os meses de 2018. Na época, a Anfavea contabilizou a venda de 4 mil veículos elétricos e híbridos, e a eletrificação não era tão discutida no país como é atualmente.

“É um mercado em franco crescimento, apesar de não ser uma base não tão expressiva. As novas tecnologias têm que andar em paralelo e em sintonia com a produção local, reindustrialização do país e geração de empregos”, destaca o presidente da associação que representa as montadoras no país, Marcio de Lima Leite.


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Já o segmento de caminhões e ônibus elétricos e a gás começou 2023 com queda expressiva nas vendas. Depois do registro de 101 emplacamentos em dezembro, o setor contabilizou 33 unidades em janeiro, um recuo de 65,3%. Na comparação com janeiro passado, a queda foi de 54,4%.

Brasil precisa de maior infraestrutura para impulsionar produção local

Segundo o presidente da Anfavea, o maior desafio que o segmento enfrenta no Brasil é o investimento em infraestrutura para eletrificação. A Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE) estima que a rede pública de recarga para elétricos no Brasil seja de 2.800 unidades, uma para cada 14 veículos.

“O maior desafio é trabalhar para termos infraestrutura para que esse mercado cresça ainda mais e conquiste um volume maior de produção local”, alerta Leite.