Sem componentes, Stellantis para fábrica de Pernambuco por 10 dias

Fabricante vai diminuir o ritmo da unidade a partir de 22 de março e parar completamente as atividades entre 27 de março e 6 de abril

Giovanna Riato

Giovanna Riato

Fabricante vai diminuir o ritmo da unidade a partir de 22 de março e parar completamente as atividades entre 27 de março e 6 de abril

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A Stellantis é mais uma montadora a anunciar uma parada na produção. A empresa vai reduzir o ritmo do Polo Automotivo Jeep, em Goiana (PE) com a concessão de férias coletivas aos trabalhadores. Entre 22 de março e 10 de abril, um dos três turnos da operação será paralisado.

Já a partir de 27 de março, os dois turnos restantes também vão parar e permanecerão assim até 6 de abril, interrompendo completamente a montagem de veículos na unidade. A companhia assegura que suas outras fábricas brasileiras, em Betim (MG) e Porto Real (RJ), seguirão com a operação normal no período.

Falta de componentes na Stellantis

Posicionamento oficial da empresa aponta que a parada na unidade nordestina “se deve à necessidade de ajustar o volume de produção à oferta de componentes”. Essa é a mesma justificativa usada pela Volkswagen e pela General Motors quando tomaram medidas semelhantes recentemente para reduzir o ritmo de produção.

Rupturas no fornecimento de uma série de peças e materiais afetam a indústria desde 2021, como uma das consequências da pandemia de Covid-19. Nesse contexto, a escassez de semicondutores tem sido o maior desafio. Apesar da gradativa melhora na oferta dos chips eletrônicos, a situação deve fazer com que quase 135 mil veículos deixem de ser fabricados na América do Sul em 2023, segundo projeção da AutoForecast Solutions (AFS).

Esta não é a primeira redução no ritmo de produção da Stellantis anunciada este ano. Em fevereiro, a montadora encerrou um dos dois turnos de produção que estavam em vigor na unidade de Porto Real (RJ). A decisão causou a dispensa de 340 funcionários da fábrica que faz os Citroën C3 e C4 Cactus, além do Peugeot 2008. 

O motivo, segundo a companhia, foi a redução da demanda do mercado externo.