Ministério da Fazenda pediu 15 dias para analisar proposta, divulgada por Geraldo Alckmin após reunião com representantes da indústria. Medida vale para veículos até R$ 120 mil
Em reunião realizada na manhã da quinta-feira, 25, entre representantes do governo federal, dos trabalhadores e da indústria, o Ministério da Fazenda pediu mais 15 dias para poder estudar como poderá reduzir a carga tributária para viabilizar o carro popular no Brasil.
Segundo Wellington Damasceno, representante do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SMABC), que esteve presente no encontro, a pasta do ministro Fernando Haddad requisitou uma quinzena mais para elaborar um estudo.
Ainda de acordo com o representante da entidade, na reunião de hoje também foram discutidas a recuperação da capacidade ociosa das montadoras e a criação de linhas de crédito.
Ao fim da reunião, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, informou que o pacote fiscal que está sendo estudado envolve redução de dois impostos federais, o IPI e o PIS/Cofins, para empresas que atenderem a três requisitos.
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O primeiro envolve faixa de preço: a redução dos impostos será concedida apenas para modelos até R$ 120 mil.
“O governo vai dar um desconto [tributário] por um tempo limitado. Não podemos dizer quanto a indústria vai tirar [do preço final dos veículos]. Mas que ela vai tirar, vai”, disse o ministro.
A redução dos tributos será escalonada, podendo proporcionar, segundo Alckmin, cortes no preço final dos veículos entre 1,5% e 10,79%. O ministro disse ainda que os outros dois critérios que serão avaliados pelo governo para conceder as reduções são nível de emissões de CO2 e conteúdo nacional.