Millennials puxam o uso de bicicletas compartilhadas

Pesquisa da Tembici aponta que 49% dos usuários são de pessoas nascidas entre 1981 e 1995

Redacao AB

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Pesquisa da Tembici aponta que 49% dos usuários são de pessoas nascidas entre 1981 e 1995

O uso de bicicletas compartilhadas está cada vez maior no Brasil entre os Millennials. É o que diz a Tembici, empresa de mobilidade que realizou estudo com foco no uso de bikes compartilhadas por diferentes gerações. 

Segundo a companhia, o objetivo foi mostrar a evolução da micromobilidade nos últimos anos e mapear as principais necessidades das pessoas que utilizam o compartilhamento do veículo em suas rotinas.

Os dados mostram que o número de usuários de bicicletas compartilhadas aumentou 123% desde 2018 na América Latina.

Millennials são quase metade dos usuários de bibicletas

“Fatores como recessão mundial, preocupação com a saúde do planeta, impactos da pandemia e busca por flexibilidade mudaram o modo como as gerações consomem e vivem a micromobilidade”, informou a empresa.

De acordo com os dados, os Millennials, pessoas nascidas entre 1981 e 1995, são o grupo de maior representatividade no uso das bicicletas compartilhadas. Eles são seguidos da Geração X (1960 a 1980) e Z (1996 e 2010). 


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“Trata-se de uma geração que representa quase 49% da base de usuários que usam este modelo de transporte no Brasil hoje. Sua busca por flexibilidade, bem-estar e consumo consciente são fatores de decisão pelo uso da bicicleta”, mostra a pesquisa.

Pelo estudo, cerca de 33% dos usuários da Tembici usam a bicicleta como alternativa a carros e outros modais individuais para se locomover para o trabalho, com maior destaque para as gerações Z e Millennials. Já 59% das pessoas que usam o modal consideram um fator importante a existência de ciclovias próximas ao local de escolha de uma nova casa.


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O serviço de bicicletas compartilhadas da Tembici só pode ser usado a partir dos 18 anos. O que significa que parte da Geração Z ainda é impossibilitada de ter acesso ao sistema por questões legais. 

Mas o crescente número destes usuários ao longo dos anos indica que a sua presença tende a aumentar cada vez mais nos próximos seis anos, quando os últimos nascidos em 2010 chegarão à idade adulta, diz o estudo.

Uso de bicicletas aumentou com compartilhamento

Segundo a pesquisa, a geração Z se destaca quando é analisado o investimento financeiro em bicicletas compartilhadas nos últimos três anos. Eles representaram crescimento de 39% na base de clientes nos últimos cinco anos.

O levantamento também mostra que 32% dos entrevistados afirmaram que não usavam bikes antes do modelo de compartilhamento. Já 40% afirmam que aumentaram a quantidade de pedaladas depois de iniciar o uso dos sistemas de bicicletas compartilhadas da Tembici.

Tomás Martins, CEO da Tembici, explica que o crescente número de pedalantes atende a dois desejos fundamentais: oferecer uma alternativa de deslocamento e criar uma forma de se relacionar com as cidades, de maneira sustentável e humanizada. 

“O ato de compartilhar nunca foi tão habitual quanto nos dias de hoje. Facilmente é possível identificar uma rotina na qual as pessoas substituem a necessidade de possuir para dar lugar a uma mentalidade focada em utilizar apenas quando se precisa”, disse Martins, por meio de comunicado.

Mais de 5 mil entregadores usam bicicletas alugadas

O aumento do uso de bicicletas compartilhadas pode ser observado também em serviços de entrega. No aplicativo iFood, por exemplo, 5,5 mil entregadores usam bikes por meio do programa iFood Pedal. 

O projeto de compartilhamento de bicicletas para entregadores do iFood é realizado em parceria com a Tembici. Os planos de aluguel variam entre locação de bikes elétricas e tradicionais. 

Segundo o iFood, o programa já alcançou a marca de 15 milhões de pedidos feitos desde sua implementação, em 2020. “Estamos quase chegando a uma média de 1 milhão de pedidos ao mês atendidos pelo modal”, informou a companhia.

Em São Paulo, por exemplo, o número de pedidos realizados por bicicletas dobrou entre 2021 e 2023, disse o iFood. No Rio de Janeiro, o modal já é um dos mais importantes para as operações da empresa.

“Com o uso de bikes, o Rio é a primeira cidade onde o iFood alcançou a meta de ter 50% de suas entregas feitas em modais não poluentes.”