Segundo a Anfavea, segmento amarga queda de 44,1% em relação a 2022
A produção de caminhões em agosto segue em ritmo lento. Segundo o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, o cenário ainda é preocupante.
No mês passado, as montadoras instaladas aqui fabricaram 9,6 mil unidades, queda de 44,1% em relação a agosto de 2022. Mas, no comparativo com julho, a produção deu um salto de 42,6%, em função dos descontos concedidos pela Medida Provisória 1.175/23.
Há disponível R$ 700 milhões dentro da MP
“A produção de caminhões neste ano está sendo influenciada pela MP, que irá terminar agora em outubro. A base de comparação ainda é muito baixa”, disse Leite. “Ainda temos R$ 700 milhões disponíveis que podem ser usados para caminhões, na lógica de renovação da frota, mas esses recursos precisam ser usados este mês. Estamos trabalhando com a possibilidade de não voltar a MP.”
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Segundo os dados da Anfavea, no acumulado do ano foram produzidos 63,5 mil unidades, recuo de 37,5% no comparativo com 2022.
As vendas de caminhões em agosto somaram 9,3 mil unidades, queda de 25,5% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado em oito meses, foram licenciados 70,2 mil caminhões, recuo de 14% na comparação com 2022.
Vendas de ônibus sobem no acumulado
No segmento de ônibus, as montadoras produziram pouco mais de 2 mil unidades ante um volume de 3,5 mil veículos em agosto de 2022. A queda no período foi de 42,5%. Já no acumulado do ano, foram fabricadas 13,4 mil unidades, queda 32,6% no comparativo com 2022.
As vendas somaram 1,46 mil ônibus em agosto, recuo de 14,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Nos oito meses de 2023, entretanto, os emplacamentos de ônibus subiram em relação a 2022. Foram licenciadas 14,2 mil unidades ante 10,2 mil veículos, alta de 39,2%.
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“Tivemos o anúncio das encomendas para o programa Caminhos da Escola, que foi uma surpresa para o setor. A licitação é de 16 mil ônibus e a nossa expectativa era para 11 mil unidades. É um volume que irá ajudar a produção nos próximos dois anos”, afirmou o dirigente.