Greve pode se expandir para outras fábricas de veículos nos Estados Unidos

Sindicato afirmou que negociações precisam avançar até sexta-feira, 22, para que greve não afete outras linhas de montagem

Redacao AB

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Sindicato afirmou que negociações precisam avançar até sexta-feira, 22, para que greve não afete outras linhas de montagem

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A greve que afeta parte da produção de veículos de três montadoras nos Estados Unidos — General Motors, Ford e Stellantis — poderá ganhar proporções maiores na sexta-feira, 22, avisou o sindicato local dos trabalhadores (UAW) na terça-feira, 19.


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Em vídeo postado nas redes sociais pelo presidente da entidade, Shawn Fain, ele afirma que as negociações precisam avançar até sexta. Do contrário, outros funcionários serão convocados para se juntar aos que já estão de braços cruzados em três fábricas.

“Se não fizermos progressos sérios até o meio-dia de sexta-feira, mais funcionários serão chamados a se levantar e aderir à greve. Não estamos esperando e não estamos brincando”, disse Fain na publicação.

Cerca de 13 mil trabalhadores em três fábricas – uma da General Motors, uma da Ford e uma da Stellantis – estão atualmente em greve. 

Após o início da paralisação das atividades, a Ford demitiu cerca de 600 trabalhadores em Michigan, e a GM disse que precisará demitir cerca de 2 mil trabalhadores em Kansas, nos Estados Unidos, já nesta semana.

A causa operária deverá ganhar o apoio do ex-presidente Donald Trump. Está agendado para 27 de setembro um discurso no qual ele dará o seu apoio aos trabalhadores, disse um assessor ao site Automotive News.


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Trump é um crítico contumaz da política de veículos elétricos adotada pelo atual — e rival — presidente Joe Biden.

O sindicato dos trabalhadores, no entanto, mostraram que não estão do mesmo lado de Trump, ainda que o ex-presidente tenha se mostrado aliado à causa trabalhista.

“Cada fibra do nosso sindicato está sendo investida na luta contra a classe bilionária e contra uma economia que enriquece pessoas como Donald Trump às custas dos trabalhadores”, disse a entidade em comunicado.