Segundo sindicato local, montadora ainda não se manifestou a respeito da decisão, nem reintegrou os trabalhadores dispensados
A greve dos trabalhadores da fábrica de São José dos Campos (SP) da General Motors (GM) segue em curso mesmo após decisão da justiça que garantiu, por meio de liminar, a reintegração dos funcionários da unidade demitidos pela montadora, via telegrama, em 21 de outubro.
Segundo Valmir Mariano, vice-presidente do sindicato dos metalúrgicos local, os trabalhadores decidiram, em assembleia realizada na manhã de quarta-feira, 1º, manter o estado de greve até que a montadora faça a reintegração dos demitidos, o que ainda não aconteceu.
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“Nós procuramos os representantes das montadoras e eles informaram que só vão se manifestar assim que forem notificados pela justiça. Até lá, os trabalhadores seguem em greve”, informou o representante do sindicato.
Procurada pela reportagem, a GM não se manifestou até o fechamento desta reportagem.
De acordo com a liminar expedida pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), a General Motors deve reintegrar à sua folha de pagamentos os 839 funcionários demitidos em outubro a partir de 1º de novembro. Do contrário, foi estabelecida multa diária de R$ 1 mil por trabalhador dispensado. A montadora pode recorrer.
A decisão da justiça favorável aos trabalhadores teve como base o acordo estabelecido entre sindicato e GM, o qual versa sobre manutenção dos empregos na unidade até maio de 2024.