GM cancela demissões nas fábricas de São Paulo

Após greve dos metalúrgicos e veto do TST à liminar, montadora suspendeu as dispensas ocorridas em três unidades

Fernando Miragaya

Fernando Miragaya

Após greve dos metalúrgicos e veto do TST à liminar, montadora suspendeu as dispensas ocorridas em três unidades

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Os metalúrgicos do Estado de São Paulo conseguiram uma importante vitória no embate com a General Motors. Neste sábado, 4, a GM cancelou todas as demissões de funcionários de suas três fábricas paulistas, que desencadearam uma greve que durava 13 dias.

A informação foi revelada, por nota oficial, pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. De acordo com o comunicado, a GM cancelou as 1.245 demissões das unidades São Caetano do Sul, Mogi das Cruzes, além da fábrica local no Vale do Paraíba.


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As demissões da GM foram o estopim para uma greve de metalúrgicos de São Paulo que se estendeu por 13 dias. As dispensas ocorreram em um sábado, dia 21 de outubro, e os funcionários foram notificados por telegrama entregue em suas casas via correio.

Na última sexta, 3, o Tribunal Regional do Trabalho (TST) rejeitou pedido de liminar da GM para que as demissões fossem mantidas. Segundo o sindicato de São José, a montadora vai realizar uma reunião, na tarde de segunda-feira, 6, com os três sindicatos e que já teria iniciado os trâmites internos para o cancelamento das demissões.

“A retomada dos empregos é uma vitória histórica, fruto da forte luta dos trabalhadores das três cidades. Foram treze dias de greve e muita união em defesa dos empregos. Mostramos a força da nossa categoria”, afirmou em nota, o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Valmir Mariano.

Procurada, a GM emitiu nota sobre as demissões e a decisão dos TRTs. A montadora alegou que as demissões foram decididas “após várias alternativas atendendo as necessidades de cada fábrica como, lay off, férias coletivas, days off e proposta de um programa de desligamento voluntário, essa não aprovada nas fábricas, sem a proposição de qualquer alternativa.” 

“Os Tribunais Regionais do Trabalho decidiram pelas reintegrações dos empregados, cujo cumprimento vem sendo implementado pela empresa desde o recebimento das ordens judiciais. Seguiremos comprometidos com o diálogo e com a transparência para que possamos chegar a um rápido acordo, que seja justo e que nos permita seguir produzindo e investindo no país”, completa o counicado oficial da GM.