Novo contrato com metalúrgicos do UAW prevê aumentos salariais para todos os funcionários
O sindicato dos trabalhadores da indústria automotiva dos Estados Unidos (UAW) afirmou que o acordo firmado com a GM é uma tentativa de que a empresa realize novos investimentos em carros elétricos.
A proposta enviada à fabricante inclui uma proposta de investir US$ 2 bilhões na produção de carros elétricos e peças nas fábricas de Michigan, Kansas e Nova York.
O acordo, que agora será submetido à aprovação de 46 mil empregados da GM afiliados ao sindicato, inclui US$ 1,25 bilhão para a planta de Lansing Grand River, em Michigan, e mais US$ 391 milhões para a fábrica de Fairfax, no Kansas.
Por enquanto, o plano prevê um aumento salarial por hora de trabalho para milhares de funcionários.
“Nós vencemos essa batalha. Esse novo contrato mudará milhares de vidas da noite para o dia”, disse o presidente da UAW, Shawn Fain, em vídeo divulgado no último sábado.
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Após a aprovação dos três contratos (com GM, Ford e Stellantis), os líderes sindicalistas passarão as próximas duas semanas fazendo campanha para que as propostas também sejam autorizadas pelos membros ligados ao trio de fabricantes de automóveis.
Aumento contempla todas as faixas salariais
As cláusulas do novo contrato seguem o padrão adotado com Ford e Stellantis. Elas incluem um aumento de 25% em relação ao piso salarial para trabalhadores em tempo integral. Com isso, o reajuste pode chegar a 33%.
Já os trabalhadores temporários também serão beneficiados, podendo receber aumentos de até 50% com efeito imediato. Funcionários temporários que forem efetivados poderão ver seus ganhos por hora mais do que dobrarem.
O acordo com a GM atinge mais de 7.000 funcionários em fábricas de componentes, galpões de armazenamento e o que a montadora chama de operações de subssistemas. O reajuste abrangirá todas as faixas salariais.