Montadora informa ter sido taxada em US$ 108 milhões, apesar de quase não vender nem gerar empregos na cidade
A General Motors faz movimento inusitado nos Estados Unidos e abre processo contra a cidade de São Francisco, na Califórnia. Tudo porque a fabricante teria recebido conta nada modesta de US$ 108 milhões em impostos apesar de não ter operação relevante na cidade, gerar poucas vendas e zero emprego ali.
O grupo automotivo mantém no município apenas a operação da Cruise, startup de software para condução autônoma que a GM comprou em 2016, mas atual de forma totalmente separada, com faturamento ainda muito baixo.
LEIA TAMBÉM:
– GM vai demitir 24% do quadro de funcionários da Cruise
– Em meio a problemas de segurança, Cruise tem mudanças no alto escalão
Segundo a fabricante de veículos, a gestão municipal calculou os impostos não com base na Cruise, mas levando em conta a General Motors como um todo, taxando mais de US$ 3 bilhões em receitas da empresa.
A denúncia argumenta que o negócio central automotivo da montadora não tem qualquer relação com São Francisco: “A GM não emprega ninguém na cidade, não tem fábricas ou sede física, não possui concessionárias e vende apenas quantidade mínima no varejo (aproximadamente R$ 677 mil em 2022)”.
Crise na Cruise, em São Francisco
A montadora pede que a taxação seja justa, com base na operação da Cruise que, inclusive, tem muitos funcionários que trabalham de forma remota, fora de São Francisco. O imbróglio acontece em momento delicado para a empresa de tecnologia da GM. Em outubro, a startup perdeu a licença para testar suas tecnologias em vias públicas da Califórnia após alguns acidentes – um deles, com um pedestre seriamente ferido.
Os problemas geraram US$ 13 milhões em multas e penalidades para a Cruise.