Em retomada, produção de caminhões quase dobra em janeiro

Para Anfavea, segmento volta à normalidade em 2024 com melhora da economia brasileira

Ana Paula Machado

Ana Paula Machado

Para Anfavea, segmento volta à normalidade em 2024 com melhora da economia brasileira

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As vendas de caminhões, apesar de apresentarem queda em janeiro, estão em processo de retomada. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), no mês passado, os licenciamentos somaram 8,2 mil unidades, retração de 21,4% no comparativo com o mesmo período de 2023. 

“Esse recuo expressivo se deve ao efeito da antecipação de compra dos veículos Euro V, que puderam ser comercializados até março pelas montadoras”, argumentou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.


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Segundo o executivo, no ano passado o setor vivia um momento de parada de produção de caminhões em razão da mudança do ciclo de emissões. E isso impactou 2023

“Agora, estamos vendo uma retomada. Começamos a virar a página de um ano com produção baixa e agora a gente começa a voltar a um patamar de normalidade”, disse Leite. 

De acordo com os dados da Anfavea, a produção de caminhões alcançou o volume de 7,9 mil unidades em janeiro, alta expressiva de 96,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo a entidade, 2,8% dos emplacamentos de janeiro são de veículos produzidos neste ano. “Estamos voltando à normalidade”, disse Leite. 

As exportações de caminhões, segundo dados da Anfavea, somaram, somente 600 unidades ante 1 mil veículos do mesmo período de 2023,  queda de 39,1%.  

Em ônibus, momento também é de retomada

Em ônibus, o dirigente também afirma que o segmento está em recuperação. Principalmente devido ao programa Caminho da Escola, que fez uma encomenda de mais de 16 mil unidades. 

A produção de janeiro aumentou 104,1%, passando de 782 unidades em 2023 para quase 1,6 mil ônibus neste ano. Já os licenciamentos somaram 1,1 mil veículos, queda de 32,8% em relação ao mesmo mês do ano passado.

“Vamos viver neste momento um crescimento deste setor, com impacto de algumas licitações pelo poder público. Os efeitos do Caminho da Escola serão sentidos no segundo semestre”, acredita Leite.